quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O Castelo (a minha versão)

Aguardam-se movimentações no seio do Castelo.

Nos sombrios corredores ouvem-se murmúrios, como se uma corrente de ar vinda de norte, gélida e tristonha, assobiasse assim muito ao de leve.

Nas antecâmaras que rodeiam o salão do trono, os nobres, e os que querem sê-lo, estão nervosos, e manifestam-no através de uma quietude incomodativa...
Falam baixo, trocam conspirações longe dali, mas no Castelo as paredes têm ouvidos... no Castelo, desde os nobres, passando pelos serviçais, terminando na plebe...
Todos estão à escuta...
Por isso os nobres aguardam.
E esperam não ser eles a serem depostos pela realeza em pleno uso do despotismo esclarecido.
Outros têm esperança... de se tornarem, ainda que com prazo sempre definido à priori, os escolhidos para o banquete na companhia do poder absoluto...

Os bobos estão sentados a um canto... aguardam pelas notícias para dançarem e saltarem, embora contrariados, a fingir regojizo pelas vontades feitas ao monarca.

Nas masmorras ouvem-se os gritos dos proscritos...

Ao de longe, no horizonte, desvanecem-se as silhuetas dos depostos e exilados...

1 comentário:

Anónimo disse...

Steve Jackson ou Ian Livingstone?
Bem, seja qual for, admito que estava inspirado. Ganha 1 ponto de perícia!